29 março, 2006

O porquê da poesia

("Ogni giorno una poesia" - Roberto Fantini)

Ela surge
E toma, de assalto
O meu pensamento

Apossa-se
Dos meus sentidos
Aporrinha
O meu sossego
Como tempestade,
Deixa minha alma
Inquieta

Chamá-la?
Não adianta...
Ela quer vir
quando quer...

Pensá-la?
Não adianta...
Ela se forma
Como bem quer...

Quando vem
Parece que sempre
Esteve na cabeça
Mas, presa,
Deseja escapar...

E enquanto
Não te dou a liberdade
Ó, poesia
Ficas a me massacrar!

E eu te crio
Para buscar a paz...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu escrevi alguns versinhos, quando criança - mas depois fui parando. Acho lindo que tem esse talento, beijos.