29 março, 2006

Chuvas de março

















(oil on canvas: "After a rain" - Milen Skiart)

Chuvas de março
Lavam minh’alma
Molham o quintal da minha
seca vida
Refrescam meus pensamentos
Irrigam o jardim dos meus sonhos
Encharcam a terra adubada de estrelas
mortas, cadentes, latentes em meu peito

Águas, que
correm pelas calçadas
escorrem pelas faces
rosadas

No caminho
as pedras
imobilizadas
apenas lavadas
pelas águas
do incessante choro
do mundo...

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito o poema, Carol!!!

Obrigada pelas visitas ao Fina Flor!!!! Vi seu comentário de hoje e adorei!!! Mas, acabei retirando aquele poema, pois me lembrei que era aniversário do meu pai e quis fazer uma homenagem a ele... Depois postarei "um jardim em mim novamente"...

Beijos e obrigada pelo carinho!

MM

Ps: Volte sempre ao Fina Flor! Pessoas sensíveis e elegantes como você são sempre bem vindas por lá...

Anônimo disse...

Carol, finalmente pude ler em silêncio sua poesia: de águas, de pedras, de ventos...Parabéns.

Anônimo disse...

Olhe que uma chuvinha de março, sem muito compromisso e nem a preocupação com o mundo...embaixo de um cobertor. É tudo que eu preciso.