23 junho, 2007

Mulher de Indra

Veio
pra minha roda do amor
ao brilho bruxuleante de velas
multicores
deu-me um beijo
pra me virar a cabeça
ajoelhou-se a meus pés
erógenos
amorteceu minha paixão
inóspita

Mulher de Indra
catexizei teu falo
com boca servil e fugaz
entre mordidas e unhadas
apoderei-me de tuas sensações
e axiomas

Dei meus mamilos e nádegas
para que pudesses brincar
como criança a me sugar
Um abraço de Jaghana
te entorpeceu
e no meu colo
te fiz só meu

Entrelaçados
a enroscar-nos
tal qual serpentes
em apoteose
viramos um
por um instante
eternizados
pelo gozo simultâneo
sincronizado

16 junho, 2007

Vestida de Branco

http://www.deviantart.com/

Dormi vestida de branco
Para tornar-me anjo lascivo
E voar em sonhos até você
*
No caminho, encontrei um querubim
Que me disse, um dia, tê-lo flechado
Com dardo envenenado de amor
Só para mim
*
Ao chegar,
camisola de renda,
deixando meu corpo à mostra
para teu deleite, sem vendas
Tornamo-nos feras
*
Com unhas e dentes
Desnudou-me
Aliterando pulsante desejo
Que uniu dois corpos em um
*
Ofertei-te duas rosas
Róseas, perfeitas
Que tu degustaste
Com olhos, boca e mãos
Prostrastes teu sexo em compaixão
E, com paixão, volitamos até as estrelas.