12 novembro, 2007

Navego

navego
num espaço
de aliterações
e formas
vou de encontro a muros
intransponíveis
acho-me entre ondas perfeitas
porém fatais
e sedutoras
entrego-me às marés
de vícios incautos
e atiro-me às incertezas
de sentimentos insanos
navego
sem calmaria
à vista, nenhuma terra
sem norte, sem rumo
meu destino
é tão incerto
quanto a certeza
da morte a findar
a vida