15 novembro, 2008

Doçura do meu fel


instiga-me
a retirar o véu
mostrar-lhe a alva doçura
do meu fel
desvendada entre quatro paredes
ou entre terra e universo
por dentre estrelas cadentes

faz-me iluminar
por entre curvas
que me cercam
procura a que te leve
ao jardim
de escondidos paraísos
lá onde habitam
meus mais recônditos
desejos inda não ditos

depura-me
em linhas de sins e de ais
e me cala
no momento de ápice da explosão
em que tudo se sinta
mas não se possa ouvir
e o corpo estremeça
em torpor
de amortecimento e calor
voltando, lentamente,
a ser o que jamais foi
mas que aparentemente
assim o era, assim o foi:
um precipício lançando-se
ao céu!

Ganhe asas...
E retorne em aconchego e calor!

5 comentários:

Fred Matos disse...

Ótimo poema, Caroline.
Beijos

POETA CIGANO disse...

Querida Caroline,

Lindo Poema!Bem envolvente e enternecedor! Ele faz com que o leitor se sinta aconchegado em seus versos!
Beijos e parabéns!

Anônimo disse...

Lindo, querida!

Samarone Barcellos disse...

Muito bonito. :) Deveria continuar com esse blog.

bom fim de semana e beijo.

Ianê Mello disse...

Lindo poema, Caroline.

Forte, pungente e ao mesmo tempo terno.

Gostei daqui.
Parabéns!

Aproveito para desejar-lhe um ano novo de paz, amor e esperança, com muita poesia para lavar a alma.

Venha me conhecer, tá?

Um abraço fraterno.