instiga-me
a retirar o véu
mostrar-lhe a alva doçura
do meu fel
desvendada entre quatro paredes
ou entre terra e universo
por dentre estrelas cadentes
faz-me iluminar
por entre curvas
que me cercam
procura a que te leve
ao jardim
de escondidos paraísos
lá onde habitam
meus mais recônditos
desejos inda não ditos
depura-me
em linhas de sins e de ais
e me cala
no momento de ápice da explosão
em que tudo se sinta
mas não se possa ouvir
e o corpo estremeça
em torpor
de amortecimento e calor
voltando, lentamente,
a ser o que jamais foi
mas que aparentemente
assim o era, assim o foi:
um precipício lançando-se
ao céu!
Ganhe asas...
E retorne em aconchego e calor!
5 comentários:
Ótimo poema, Caroline.
Beijos
Querida Caroline,
Lindo Poema!Bem envolvente e enternecedor! Ele faz com que o leitor se sinta aconchegado em seus versos!
Beijos e parabéns!
Lindo, querida!
Muito bonito. :) Deveria continuar com esse blog.
bom fim de semana e beijo.
Lindo poema, Caroline.
Forte, pungente e ao mesmo tempo terno.
Gostei daqui.
Parabéns!
Aproveito para desejar-lhe um ano novo de paz, amor e esperança, com muita poesia para lavar a alma.
Venha me conhecer, tá?
Um abraço fraterno.
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