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Tinha aparência de homem
Mas com olhar aproximado, a observar
Poder-se-ia notar
E deduzir, o ser alado que era
Um anjo, do céu, desatrelado de asas
Tão belas quimeras
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Pegou-me no colo
Para, num adejo solto,
Mostrar-me seus paraísos
Contemplou meus traços femininos
Sussurrou-me doces versos imprecisos
Fez-me vislumbrar ballet de flores multicores
Sentir odores de jasmins e sândalos
Vi borboletas se aproximando
E em meus cabelos firmando pouso
Em questão de instantes
Fui do riso ao choro,
do pranto ao gozo,
do chão ao céu...
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Cativa do doce querer do querubim
a renascer
decidiu retomar asas e ao céu ascender
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Só o que sei é que hoje tenho em meu corpo
as impressões, odores e tremores
das digitais de um Anjo transmutado em flores
que em primavera se faz presente
no horizonte do céu do meu olhar
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Voa, Anjo
Que o vento te trará
Pra mim
Em forma de pétalas
E a alegria em meu ser será sempre completa!
3 comentários:
Lindos poemas!!! Tava passeando pelos blogs de Curitiba e achei o seu! Adorei!!
Carol, iria dizer "visão", mas creio que a palavra certa seja "epifania". Esse instante mágico de vislumbrar um anjo, um ser do altíssimo - tê-lo por perto por um instante para nunca mais esquecê-lo! Beijos!
Quem bebe desta água, volta sempre.
Você escreve a cada dia melhor e melhor.
grande abraço
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