Maria
Mãe da vida
Em teu olhar perene
Volitam anjos candos de ternura
Oh, mulher, símbolo da seiva
Gana e garra que não me deixam esmorecer
Quando vejo quão acanhados
Os pequenos dilemas do meu ser
Perdestes teu filho para uma cruz de espinhos
sorristes pra Deus
mesmo aflita entre escarninhos
Maria
Mãe de mim
Pra quem um dia roguei
Não deixes partir
O meu ser bipartido
Que tão pequena nascera
Tão frágil, tão bela
Pequena quimera
que sonhei para mim
E tu, mãe das mães
Mesmo tendo perdido teu filho
Em nome dos filhos perdidos
Não me negou concessão
Hoje sou mãe
E sei, e sinto
A dor que sentistes
Ao ver teu filho, tão lindo...
Tão forte, tão cheio de vida
Cegado de luz
Maria
Seque teu pranto em meus ombros
Que te darei parte do meu coração...
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